sexta-feira, 11 de junho de 2010

To Be Or Not To Be... NOT TO BE

Falsos sentimentos invocados pelas palavras são comuns nesta sociedade em fase de apodrecimento. É esta a realidade comum. Mentem, enganam, atraiçoam, injuriam, e são tão falsas que chegam a fazer-se de vitimas.

Fazendo uma introspecção ao "Eu", revejo-me fora desses conceitos. Continuaram eles a serem válidos? Com toda a certeza... são próprios do ser humano e não os podemos negar - mas, como ser racional e sentimental, tenho de ter a consciência de os aceitar, ou de simplesmente, os renegar (e nisso está interligado a forma de aceitar ou não assim a personalidade das pessoas).

Tenho-me consciencializado que ser verdadeiro, sentir o que o meu corpo me pede, dizer o que a minha boca me ordena, pensar da forma que o meu cérebro me exige, sempre me fez sentir mais confortável em relação a esta vida quotidiana. Sei do quão me vêm "de lado" por este ser, que agora vos está a dar este seu pensamento espontâneo, ser eu alguém bastante impulsivo. Talvez, até seja um grande defeito meu, ser e pensar que assim é o correcto. Ajo pelo instinto das vontades, não por falsidades trabalhadas, elaborando planos de melhor satisfação alheia com base em mentiras.

Não gosto de pessoas duplas por instinto, nem de falsas por uma questão de educação. Sou diferente... Sou reverente, mordaz, directo nas palavras, de forte personalidade e até talvez uma pessoa fria... Fria? Preferia o termo racional e sem qualquer tipo de estereótipos.

Sei que por vezes posso ferir sentimentos, com a "força" das palavras que emprego e como as emprego. Magoou... sei que magoou... Mas que posso eu fazer? Mentir levando a pessoa ao engano? Ou dizer o que me vem de dentro, com o intuito de apenas querer dar a sentir ao outros o que eu mesmo sinto? Será justo eu não exprimir tudo o que sinto pelo facto de não ser bem compreendido? Tantas e outras perguntas, que no meio de tanta falsidade, inveja, e hipocrisia, as pessoas estão a perder a definição do que realmente é o justo, o correcto. Sinceridade é algo que me acompanha.

Não sou pessoa que tenha medo de represálias pela forma do meu ser. Não mudarei a forma de me apresentar a sociedade para satisfazer caprichos alheios. Tenho orgulho de como sou.. Agora só basta encontrar alguém que me admire como sou e da forma que sou...

E para não deixar algo "pairar no ar", eu me pergunto: "estarei eu mesmo a ser falso em todas estas palavras?". Mas de seguida eu respondo a mim mesmo num acto de auto-satisfação: "quem leu de forma sábia detalhadamente todos as palavras empregues, saberá o quão de verdadeiro terá este texto..."

2 comentários:

Leila Franca disse...

Olá Joel,

Vc fez um questionamento pessoal, uma auto análise em seu texto. Se vc se sente bem consigo mesmo, então está tudo certo, pois é o que importa. É interessante guardar textos assim para que daqui a 20 ou 30 anos você possa refletir sobre o que mudou o se houve alguma mudança. Muitas vezes acontecimentos e experiências em nossa vida fazem com que mudemos ligeiramente ou radicalmente.

Jackie Freitas disse...

Oi meu querido foffis!
O que você escreveu é exatamente o que você mostra ser...não há problema algum nisso e eu mesma defendo a sinceridade interior como a melhor forma de expressão. A vida é um constante aprendizado, isso é fato, e as coisas vão se aprimorando na medida que novos fatores vão surgindo. Na essência não mudamos muito, alguns valores carregamos por toda a vida, porém, como eu escrevi hoje, a gente aprende a ceder e a equilibrar mais as coisas. Isso, de modo algum, significa ter que abrir mão de como somos, mas aprendendo a ver de formas diferentes. Às vezes uma visão, por mais que seja oposta ou contra o nosso modo de ser, agrega algum tipo de elemento. Seja ele para reforçar ou para reavaliar. Acho que o importante é não termos em nós a crença do poder da verdade absoluta. Antenar-se para a vida, pois a vida é movimento constante, ajuda muito nesse crescimento.
Sabe que tenho uma grande admiração por sua pessoa. Não precisamos concordar com tudo, mas se soubermos respeitar as diferenças e tentar fazer delas um diferencial...já valeu a pena, né?
Grande beijo, meu querido!!!
De sua quiduxa,
Jackie