Se você toma a palavra "sentido" como sendo "objectivo", o sentido da vida, certamente, não pode ser a morte. Se a morte é o sentido da vida, então, evidentemente, não preciso nascer - o objectivo sendo a minha ausência. Se me encontrava ausente antes de nascer, não preciso nascer para não existir. Assim, não posso dizer que a morte seja o objectivo da vida. Nem posso dizer que outra coisa mais do que a própria vida seja o objectivo da vida. Por consequente, o seu sentido ou objectivo tem de ser encontrado dentro da própria vida. Eu diria que o objectivo da vida é apenas viver.
Não posso dizer que estou vivo quando não estou vivo para a realidade da vida. Não estar vivo para a realidade da vida é sonhar, viver uma vida de sonhos, falsa, o que significa não viver. Por essa razão, o sentido da existência deve ser viver uma vida verdadeira. Viver é o sentido. Viver implica em uma vida com significado; de apego à verdade, uma vida onde as realidades são confrontadas. Estar vivo, então, é estar vivo quanto às realidades da vida, às realidades de minhas buscas e de minhas lutas.
Para quê lutar na vida? Lutar implica uma pessoa insatisfeita, uma pessoa insatisfeita consigo mesma. Quão válida é essa auto-insatisfação? Com o que eu não estou satisfeito? Se existe uma auto-insatisfação, tudo isso deve ser examinado. Se essas realidades não são examinadas e eu busco satisfação, a minha busca não tem sentido. Essas perguntas cruciais devem ser respondidas para que possamos encontrar o sentido da vida. Devo ter um domínio sobre essas realidades. E se eu não estou satisfeito comigo mesmo, se todos esses factores, ou mesmo alguns deles, que me constituem, não são considerados satisfatórios.
Tudo isto para chegar a uma conclusão: Eu vivo para alcançar a FELICIDADE
Sem comentários:
Enviar um comentário