[Do lat. fidelitate.]
Substantivo feminino.
♦ Qualidade de fiel; lealdade.
♦ Constância, firmeza nas afeições, nos sentimentos; perseverança.
♦ Observância rigorosa da verdade; exactidão.
Quanto receio, ou, realmente seja medo, o sentimento que assombra ás pessoas que ouvem tal palavra. Convite, de tal gesto, que muitos rejeitam ou evitam em se cruzarem por breves instantes. Porquê? Será o ser humano um animal fraco de convicções e falsas expectativas? Acredito que sim...
Ser-se cobarde é sempre melhor: não será necessário o trabalho de mostrar tal prova. Não teremos de defender o que acreditamos, de defender a posição que assumimos, de expor de forma firme as nossas convicções, e ainda ter que lidar com a pressão imposta sobre os "ombros", de todos os actos feitos e não aceites.
Por outro ponto, o ser humano é pródigo a fazer promessas. Prometer é fácil! A fidelidade é uma promessa que se faz, muitas vezes levianamente e sem antever tais consequências, que como tal, é uma das promessas mais fáceis de serem quebradas.
Será que nós não fomos feitos para sermos fiéis? Eu não tenho resposta para isso.
Li, e guardei uma história (faz dias a vi) que se enquadra perfeitamente neste seguimento.
"Todas as manhãs, a caminho do trabalho, João e seu amigo passavam pela banca de jornal do seu Joaquim. Ao pagar pelo seu jornal, João sempre agradecia com um sorriso nos lábios e desejava ao Sr. Joaquim um bom dia! Como resposta, recebia sempre o mesmo silêncio e a mesma carranca.
Certo dia, seu amigo lhe perguntou:
- João, por que você insiste em desejar bom dia ao seu Joaquim e tratá-lo de forma tão amável se ele é sempre grosseiro e sem educação? E então, sabiamente, João lhe respondeu:
- Simplesmente porque não quero que ele decida como eu devo agir!"
Por outro ponto, podemos ver que o João, não se deixava influenciar pela antipatia do Sr. Joaquim, que em nada agradecia o gesto de simpatia que por ele tinha todos os dias. Era fiel aos ensinamentos, as suas formas de ver e de como agir na vida: Ser amável com as pessoas, sejam elas as mais doces, como as mais amargas.
Poderei eu admirar e concordar com a atitude do João? Jamais poderia concordar com tal coisa, mas em nada me impede de admirar tal convicção e fidelidade.
O meu ser sempre se destingiu dos restantes. Caridades e amor desperdiçado nunca conjugaram bem comigo.
Não luto para gostarem de mim pelo que eu lhes dou mas pelo que sou;
Não sou e nem posso ser respeitador perante gentalha ignóbil e sem moral;
Não me ajoelho perante ninguém;
Gostem do meu ser pela minha espontaneidade, e não pela minha infidelidade de vos agradar!
Faz acontecer...
Que eu faço valer a pena!