segunda-feira, 16 de maio de 2011

Epifania do dia

Já te encontras-te com pessoas de muito tempo atrás e  que tenha ficado aquela estranha sensação no estômago de que para eles, aqueles sentimentos passados, não importam mais? Talvez o passado só tenha valor no dia em que foi presente...

sábado, 7 de maio de 2011

5 anos após a tua partida meu irmão!


Hoje estou de rastos...
as lágrimas teimam em cair pelo meu rosto.

Estou perdido nos meus pensamentos sem saber o que dizer. Neste momento as palavras fogem-me da mente. Tu partis-te e deixaste-nos sós. Num minuto apenas tudo mudou: o coração parou, o corpo tremendo esfriou, as lágrimas começaram a correr pelos nossos rostos, e sobre tudo, o desespero de saber que tinhas partido, tudo parecia irreal, um pesadelo que não queríamos acreditar mesmo sabendo que era verdade, que não passava de um pesadelo.

Tentei manter a calma. Só eu sei o esforço que fiz em conter-me para não fazer uma loucura na hora dessa horrorosa noticia. A minha cabeça parecia "explodir" de tantos questionamentos que se iam passando pela cabeça. "Porque ele?", "porquê tão cedo?", porquê dessa forma?", "porquê que tinha de acontecer logo a nós, à nossa família? [sempre pensamos que as coisas só acontecem aos outros, mas esquecemo-nos que os outros somos nós]", toda uma série de perguntas surgem numa fracção de segundos.

Um breve e grande enterro da alma! Não é possível escrever com exatidão todo o cenário decorrido durante os dois primeiros dias após a tua morte. O momento foi de silêncio e enorme tristeza! Faltam as palavras, ou talvez, elas nem sequer existam, para dizer o que tão profundamente se sente. Sei que foram dias dolorosos, dias de luto por todos os que te amavam. Parte do meu coração foi enterrado junto a ti; vi-te a ir para a terra e as lágrimas nesse momento explodira dos meus olhos como nunca antes tivera saído. Saía de mim um sentimento de inconformidade de nem sequer tivera tempo de te dizer adeus! Só depois, já no teu rosto, incrivelmente gelado deixei-te um monte de beijos, beijos esses que nunca te tivera dado com tanta ternura.

Toda esta mistura de sensações é algo indescritível, algo que não tem uma definição lógica do que se sente. É como se a vida acabasse naquele preciso momento, pois a morte de alguém que a gente tanto ama mata uma parte do nosso coração. Sempre tentamos buscar de alguma forma uma explicação, do "porquê?" mesmo sabendo que tudo não terá uma resposta: aconteceu porque aconteceu, ninguém podia impedir que o acontecesse nem ninguém sabia o que estava para vir - é o viver da vida que por vezes nos trama. Julgamos nós na altura, que essa dor e essa sensação de perda nos causa é intolerável.

Já foste, a vida continuou e ambos não pudemos concretizar os nossos desejos. Todos nós temos de partir e tu, meu irmão, partis-te mais cedo que nunca! Todos os momentos partilhados, todos abraços, todos os sorrisos, toda uma vida passada quase durante 22 anos, são marcas que nunca ninguém poderá esquecer! Marcaram-me até ao fim!
A saudade instala-se revestida de uma dor, revestida das mais lindas recordações. São assim principalmente os primeiros tempos. Inconformação, desalento, choro até às lágrimas ou até à vontade de gritar, ou até mesmo a raiva por aquilo que não se fez.

Mano, tu partis-te. Morri por dentro, mas ao mesmo tempo continuo aqui sem sentidos! Todas as noites, retido nos meus pensamentos, penso em ti e como seria ter-te agora comigo.

Hoje é um dia muito triste! É o dia em que completas os 4 anos fora de nós, mano! Tudo o que desejaria era poder ver-te uma ultima vez, poder-te abraçar e dizer a falta que fizeste na minha vida durante todos os dias passados sem ti.

Mas porque recordar é viver, também sei que não morres-te: Viverás sempre no coração daqueles que te amam!

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Saudades infinitas!